terça-feira, 28 de agosto de 2012

 
Não é uma nova colega, mas é sem dúvida uma forma de permanecermos mais confortáveis num ambiente que, apesar dos seus 23ºC, está a conservar-nos frios como os alimentos no frigorífico.
 
Bem sei que deve ser o corpo a adaptar-se, afinal foram muitos meses a suportar, alegremente, temperaturas superiores a 30ºC, mas a garganta já dói e a mantinha vermelha que a Rute deixou sabe mesmo bem sob os braços destapados...
 
Para aquecer o ambiente, no final do dia a conversa incendiou-se em torno dos novos livros do escritor Carlos Santos Oliveira - um prestes a ser editado - que se chama O peso das gordas (porque uma mulher não é só um corpo) e outro, não sei se menos controverso, mas sem dúvida mais libidinoso - O Sexo no Tribunal - No primeiro o autor garante que o livro ajuda a mulher insatisfeita com a sua constituição física a perder peso de forma saudável e sobretudo a sentir-se bem com os resultados alcançados, sendo que no livro o narrador repudia as intervenções cirurgicas e estéticas que ofendem e agridem demais a auto-estima, já bastante fragilizada, de uma mulher gorda...
E porquê mulheres e não homens gordos?... porque o narrador é apaixonado por "gordinhas" e o livro relata também este lado emocional,da ligação amorosa que um homem, apaixonado por mulheres de corpo roliço, estabelece com essas mulheres, só que a dada altura, movidas sabe se lá porque estúpido padráo ou influência estética, o transformam em peles e ossos, vazios de significado emocional e que requerem uma nova aprendizagem do amor e da paixão pela mulher
Mais corpo, menos corpo. É neste ser e não ser, ter e não ter, que o narrador se encontra e perde, orgulha e desilude .. vence e perde, ajuda a vencer e a perder... na incansável tentativa de tonificar o seu amor.
 
Mais levantar do véu sobre esta obra, é impossível, pois tudo o que escrevi é pura intuição.


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